
Na semana passada, o Cem Flores publicou a primeira parte de sua análise sobre a agressão imperialista ao Irã. Nesta publicação, continuamos tal análise e expomos nossa posição frente a mais esse agravamento das contradições do sistema imperialista.
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- A guerra imperialista na Palestina e o ataque imperialista ao Irã
Nos últimos quase dois anos, a guerra Palestina-Israel se transformou em um sistemático genocídio da população palestina pelo estado israelense. As forças armadas israelenses executam assassinatos planejados e premeditados de civis, idosos, mulheres e crianças. As fontes oficiais falam de 55 mil mortos, dos quais 70% seriam mulheres e crianças. Ao somarmos mortos e feridos, as crianças vítimas dessa guerra imperialista chegam a 50 mil. Estudo independente encontrou fortes evidências de subestimação dos dados oficiais e elevou a macabra contagem dos assassinatos israelenses a 84 mil mortos. Considerando, além das mortes violentas, as “indiretas” (doenças, fome), o número se aproximaria de 100 mil. Uma estimativa incluindo os desaparecidos nos escombros da destruição de Gaza supera 370 mil, metade dos quais crianças. A quase totalidade dos mais de 2 milhões de palestinos foi deslocada de suas residências anteriores. O ataque israelense gerou a destruição da infraestrutura de Gaza (entre 65% e 70% das construções destruídas ou danificadas, com custo estimado em mais de R$ 300 bilhões), bloqueios criminosos de assistência humanitária, remédios, alimentos e água.
Não deve haver qualquer dúvida ou hesitação de parte dos comunistas em condenar de forma categórica essas ações imperialistas como uma limpeza étnica e um genocídio e praticar o internacionalismo proletário para denunciar e parar a máquina da morte israelense e imperialista.
Nessas condições desumanas de fome e privações quase sem precedentes, a resistência armada e popular dos palestinos é absolutamente heroica, e conta com forte apoio internacional de comunistas, trabalhadores, e dos povos que protestam contra o genocídio dos EUA-Israel ao redor do mundo.
A guerra também se tornou um conflito armado regional, envolvendo ataques de Israel e contra-ataques palestinos, do Irã e de seus aliados. Em 1º de abril de 2024, Israel realizou um ataque militar (in)direto ao país, bombardeando o consulado do Irã em Damasco, na Síria, e matando generais da guarda revolucionária islâmica do Irã. Em 13 de abril, o Irã respondeu com o lançamento de cerca de 300 mísseis e drones contra Israel – ataque previamente informado aos EUA. A tréplica de Israel foi um novo ataque à defesa aérea iraniana. Em 31 de julho, Israel assassinou em Teerã o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e em 27 de setembro, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah. O Irã contra-atacou com cerca de 200 mísseis direcionados a Tel Aviv em 1º de outubro, ao que se seguiu, no mesmo mês, um ataque aéreo de Israel a alvos militares no Irã, com o beneplácito dos EUA.
Em janeiro deste ano, o Irã buscou reforço militar e maior proteção com um acordo estratégico com a Rússia – que não se mostrou efetivo. Também aceitou retomar negociações com os EUA, intermediadas por Omã, sobre o seu programa nuclear, mesmo com as negociações tendo sido precedidas de novas sanções contra o país. As negociações duraram de abril a junho e a proposta dos EUA era o fim do programa nuclear em troca do fim das sanções, e foi recusada pelo Irã em 4 de junho. Como ficou evidente com os fatos posteriores, essas negociações acabaram se tornando uma cobertura para o ataque criminoso de Israel.
Detalhe importante: em março, a diretora de inteligência nacional dos EUA, nomeada por Trump, Tulsi Gabbard, havia afirmado em depoimento ao senado que a “comunidade de inteligência (CI) continua avaliando que o Irã não está construindo uma arma nuclear, e o líder supremo Khamenei não autorizou o programa de armas nucleares que suspendeu em 2003. A CI continua monitorando de perto se Teerã decide reautorizar seu programa de armas nucleares“. A reação de Trump foi: “não me importa o que ela disse”. Trata-se do mesmo falso pretexto para “justificar” uma agressão militar imperialista, tal como foi feito pelos EUA de George Bush ao utilizar as inventadas “armas de destruição em massa” para atacar o Iraque, em 2003. Naquele caso, “entre 2003 a 2021, Bush 2º, Obama, Trump e Biden sepultaram 1 milhão de iraquianos”.
A chantagem dos EUA foi seguida, como em uma cena coreografada, de um relatório da agência de energia atômica, divulgado em 10 de junho, acusando o Irã de falta de transparência e violação de obrigações em relação ao seu programa nuclear. No dia 11, o parlamento israelense rejeitou a moção de censura que derrubaria o governo Netanyahu por 61 a 53. Também acuado pelo poder judiciário por um processo de corrupção (cujo julgamento terminou adiado, contando com pressão de Trump!), a decisão do governo israelense foi por um ataque sem precedentes ao Irã – com o total apoio e a aprovação prévia do imperialismo dos EUA.
Em 13 de junho, Israel realizou seu maior ataque ao Irã, visando instalações militares e nucleares, chefes militares e cientistas. Todo o apoio das potências imperialistas ocidentais e do Japão a esse ataque está resumido na cínica declaração do chanceler alemão durante a última reunião desse grupo imperialista, o G7 (que contou com a participação de Lula), no Canadá: “Este é o trabalho sujo que Israel está fazendo por todos nós”.
Os objetivos imediatos desse ataque e os da guerra de Israel contra o Irã, especificamente, e contra os demais países e grupos armados da região, em geral, são os seguintes:
- O objetivo imediato foi destruir a defesa antiaérea e a força aérea do Irã, minar sua capacidade de ataque a Israel e matar líderes militares iranianos. Até onde há informações disponíveis e confiáveis, esse objetivo não foi inteiramente alcançado, vide a resposta iraniana com mísseis contra Israel.
- Ainda no campo militar, um objetivo mais estratégico foi destruir o programa nuclear iraniano, o que Israel é incapaz de fazer por conta própria e há sérias e fundadas dúvidas se mesmo os ataques dos EUA seriam capazes. O próprio serviço de inteligência dos EUA aponta não para a destruição do programa, mas para atrasos de meses nas metas desse programa como consequência da agressão imperialista.
- No campo político, outro objetivo estratégico, é derrubar o regime iraniano e substituí-lo por um regime aliado dos EUA e que chegue a um acordo subordinado com Israel – não parece haver quaisquer indicações de que o imperialismo esteja sendo bem-sucedido quanto a esse objetivo.
- O objetivo mais amplo do imperialismo dos EUA é continuar o redesenho do mapa geopolítico do Oriente Médio pela guerra, que já resultou em países destruídos e regimes derrubados (Iraque, Líbia, Síria) e atualmente enfrenta guerra em múltiplas frentes (Palestina, Irã, Líbano, Iêmen). Também nesse caso não é dada a capacidade dos EUA de vencer todos esses confrontos e tornar a maior região produtora de petróleo do mundo seu protetorado, deslocando as relações da região com os demais países imperialistas.
- Já para Israel e a extrema-direita sionista que a governa atualmente, o objetivo estratégico de longo prazo seria construir uma idealizada e mítica grande Israel, ocupando Palestina, Líbano, Jordânia e áreas de Síria, Iraque, Arábia Saudita e Egito – o que implicaria um genocídio e uma limpeza étnica ainda maiores e o deslocamento forçado de populações inteiras de milhões de árabes de diversas nacionalidades. Trata-se do mais puro delírio sionista.

No próprio dia desse ataque, houve o contra-ataque iraniano, com o lançamento de uma centena de drones e outra de mísseis contra Israel. Ataques aéreos maciços buscam sobrecarregar as defesas antiaéreas israelenses, especialmente seu chamado “domo de ferro”, para tornar os disparos efetivos na destruição de alvos militares e infraestruturas urbanas (Tel Aviv, Jerusalém). Contra esse primeiro ataque iraniano, Israel contou com o auxílio da frota dos EUA no Mar Vermelho e da força aérea da Jordânia na defesa antiaérea.
Nas duas semanas seguintes, Israel e Irã continuaram trocando bombardeios recíprocos. Muito embora boa parte dos drones e mísseis iranianos tenha sido neutralizada pela ação conjunta de EUA-Israel-Jordânia, o Irã conseguiu furar o “domo de ferro” e o mito da invulnerabilidade de Israel. Mas esses ataques de lado a lado não representaram vitórias militares significativas ou decisivas nessa guerra.
Considerados os objetivos listados acima, a agressão militar de Israel ao Irã – apesar dos importantes danos causados, principalmente militares, que agravam a crise econômica e as difíceis condições de vida das classes trabalhadoras no país – foi um “fracasso”. A palavra é de um colunista econômico do maior jornal do imperialismo dos EUA, o New York Times, que concluiu, em 16 de junho, que esse fracasso deixou o “governo Trump sem escolha a não ser intervir, provavelmente com o objetivo não apenas de encerrar a guerra, mas de derrubar o regime iraniano”.
O governo de extrema-direita, fascista, de Trump (defendendo interesses da burguesia imperialista dos EUA) começou então a preparar concretamente sua entrada na guerra. Nos cinco dias anteriores ao ataque de 21 de junho, Trump, sequencialmente, chantageou e ameaçou o Irã, tanto dizendo que Teerã deveria ser evacuada, exigindo uma rendição incondicional e afirmando que poderia assassinar o aiatolá Khamenei, quanto enviando mais um porta-aviões para a região, reforçando a já brutal presença imperialista no Oriente Médio. Em 18 de junho, de acordo com o Wall Street Journal (o maior jornal de negócios do imperialismo dos EUA), o ataque imperialista já estava pronto e aprovado por Trump, apenas aguardando o momento de sua efetivação.
Em público, no entanto, Trump afirmava ainda não haver tomado nenhuma decisão, o que seria feito nas próximas duas semanas. Negociadores dos EUA e do Irã se reuniam, indiretamente, nos bastidores, e chegou mesmo a haver uma primeira reunião pública, em Genebra, entre diplomatas do Irã e de países imperialistas europeus (França, Alemanha, Inglaterra) no que seria a véspera do ataque, no dia 20.
O ataque militar dos EUA, considerado isoladamente, como ato único, foi sem precedentes em relação à utilização de armamento não-nuclear. Os EUA usaram, contra três instalações nucleares do Irã, as maiores bombas convencionais atuais, as GBU-57, de 13,6 toneladas e quase R$ 100 milhões cada, com capacidade de penetrar bunkers a até 60 metros de profundidade. Para serem lançadas, elas necessitam dos bombardeiros B-2 – cujo custo é estimado em R$ 11 bilhões. No ataque imperialista foram usados ao todo 17 B-2 (os EUA têm, no total, 19 dessas aeronaves), sendo que 7 participaram diretamente do ataque, e lançadas 14 bombas GBU-57. Também foram mobilizados, no total, 125 caças que lançaram ataques aéreos prévios, além de submarinos que dispararam 24 mísseis.
Ao contrário da fanfarronice de Trump, ladeado pelo vice-presidente Vance, e os secretários de estado, Rubio, e de defesa, Hegseth, em entrevista que afirmou a “obliteração” do programa nuclear dos EUA, o principal chefe militar imperialista não confirmou o alcance desse objetivo estratégico. Apesar dos grandes danos à infraestrutura das instalações nucleares, a ausência de radiação indica que o material nuclear (400 quilos de urânio enriquecido a 60%) foi previamente retirado pelo governo iraniano e não foi destruído.
A reação iraniana foi dupla. Por um lado, intensificou o disparo de mísseis contra Israel. Por outro, no dia 23 de junho, atacou a principal base militar dos EUA na região, localizada no Qatar, com 19 mísseis. Este foi mais um ataque iraniano previamente informado aos seus alvos (EUA e Qatar), o que permitiu o esvaziamento da base, a interceptação de quase todos os mísseis e a ocorrência de danos mínimos. Parece claro que a resposta iraniana foi moderada e na medida para evitar a continuidade da escalada da guerra, principalmente contra os EUA.
Nesse mesmo dia, Trump anunciou um cessar-fogo entre EUA, Israel e Irã – que aparentemente não havia negociado com nenhuma parte. Após uma sequência limitada de ataques recíprocos posteriores ao anúncio, Israel e Irã concordaram com o cessar-fogo. Os ataques mataram por volta de 600 iranianos e pouco menos de 50 israelenses.
Com o cessar-fogo no front leste, Israel retomou agressivamente seus criminosos ataques a oeste, na Palestina. Apenas em junho, mais de 600 palestinos foram deliberadamente assassinados a sangue-frio pelos militares israelenses enquanto buscavam comida distribuída pelos “centros de ajuda humanitária” da ONU ou organizados por Israel e pelos EUA, que serviram de isca para os assassinatos. Os sanguinários militares israelenses tinham ordens explícitas para matar civis, mulheres, idosos e crianças que se dirigiam em massa aos centros. A resistência do povo palestino, naquele momento, era simplesmente buscar sobreviver e continuar na sua terra.

Em 1º de julho, Trump anunciou que Israel aceitou um cessar-fogo de 60 dias na sua guerra de extermínio na Palestina. No dia 4, o Hamas informou aos negociadores do Egito e do Qatar que “completou suas consultas internas e discutiu com forças e facções palestinas a proposta recente de mediadores. O movimento entregou sua resposta aos irmãos mediadores, que foi caracterizada por um espírito positivo … O Hamas está completamente preparado, com toda a seriedade, para imediatamente entrar em uma nova rodada de negociações sobre os mecanismos de implementação do acordo”. Também neste caso trata-se de um cessar-fogo muito frágil, no qual há total desconfiança dos palestinos em relação aos agressores genocidas israelenses. Nenhum deles esqueceu que Israel traiu a última trégua, acertada em janeiro, com novos ataques a Gaza em 18 de março.
Dois notáveis “ausentes” das guerras imperialistas dos EUA e de Israel contra a Palestina e o Irã são as potências imperialistas que têm tido suas contradições interimperialistas com os EUA agravadas nas últimas décadas: China e Rússia. A postura da China sobre a questão palestina se limita a reafirmar posições diplomáticas na defesa da solução de dois estados, do cessar-fogo e de soluções negociadas – enquanto mantém “uma longa cooperação em inovação, tecnologia e comércio” com Israel. A China foi a maior exportadora para Israel em 2024 (R$ 75 bilhões, 15% das importações totais do país), em pleno genocídio, com aumento de 19,8% em relação a 2023. Em relação ao Irã, muito embora sejam parceiros nos Brics, tenham relevantes acordos de cooperação e investimentos e a China seja uma alternativa às sanções imperialistas ao país, o imperialismo chinês manteve a mesma postura meramente diplomática ao condenar os ataques ao país. A China apenas usou todo o seu poder e suas relações com o Irã para impedir o fechamento do estreito de Ormuz, aprovado pelo parlamento iraniano, na defesa dos seus próprios interesses econômicos.
A Rússia, em guerra com a Ucrânia, parece preferir evitar novas frentes e manter abertos canais de negociação com os EUA, e se beneficia do aumento do preço do petróleo que a guerra tende a causar. Além de protocolares declarações contra a guerra, se propôs a mediar negociações sobre o programa nuclear do Irã e a servir de depositária do urânio enriquecido do país. Dois dias após o ataque imperialista dos EUA, ocorreu em Moscou uma reunião do chanceler iraniano com Putin. Além das declarações habituais, não houve “nenhum movimento de sinalização de apoio militar ao Irã, com envio de equipamento”, apesar do pacto estratégico e militar assinado em janeiro.
- Uma posição comunista sobre a guerra imperialista na Palestina e no Irã
As guerras travadas pelos EUA e por Israel, com o apoio de todas as potências imperialistas ocidentais e da extrema-direita, fascista, ao redor do mundo, contra a Palestina, o Irã e outros países do Oriente Médio, são guerras imperialistas, guerras de agressão – que devem ter a mais completa e integral oposição dos comunistas em ações de internacionalismo proletário em todas as formas.
A luta contra o imperialismo deve se somar à luta contra a burguesia e os governos burgueses do nosso próprio país como tarefas fundamentais para os comunistas. Nossa luta comunista contra o imperialismo e a burguesia deve ser indissociável da mesma luta pelo fortalecimento da organização independente e da consciência de classe do proletariado e das massas trabalhadoras na defesa dos seus interesses próprios e independentes de classe. A luta anti-imperialista é parte integrante da luta pelo Socialismo no nosso país!
As atuais guerras imperialistas no Oriente Médio visam o extermínio, o genocídio, do povo palestino, para viabilizar a colonização expansionista de Israel; e a derrubada do governo iraniano e a destruição daquele país, tal qual as guerras imperialistas dos EUA e seus aliados no Iraque, na Líbia e na Síria. Seus objetivos mais amplos são de reforçar a dominação imperialista dos EUA na região e de enfraquecer as posições dos imperialismos concorrentes, a China e a Rússia. Dessa forma, restaria ampliada a zona de influência dos EUA e seu controle sobre as reservas e a produção de petróleo mundiais, assim como sobre as rotas fundamentais de transporte para os principais consumidores mundiais, destacadamente a China. Esse confronto de interesses imperialistas, esse agravamento das contradições interimperialistas, na guerra regional no Oriente Médio e em outros locais do mundo (Ucrânia, Taiwan etc.) tende a generalizar e ampliar a escala dos conflitos, dado o caráter destrutivo do imperialismo.
Diante desse agravamento das contradições interimperialistas, os comunistas reforçam sua defesa intransigente do direito à soberania e à autodeterminação de povos e nações, e rechaçam firmemente qualquer ataque imperialista.
No entanto, a defesa comunista da autodeterminação dos povos não é, de nenhuma maneira, apoio a regimes burgueses e suas lideranças, regimes de exploração, repressão e opressão do proletariado e das massas trabalhadoras nos países dominados. Não se deve confundir contradições e guerras regionais, que gerem agressões imperialistas a países dominados, com anti-imperialismo consequente e proletário por parte dos regimes agredidos. Assim, os comunistas devem reconhecer importantes diferenças nos casos da Palestina e do Irã.
A Palestina é um país ocupado militarmente pelo colonizador estado de Israel, que controla a assistência internacional, os fluxos financeiros, a água e os alimentos destinados ao povo palestino. A atual guerra de Israel é uma clara e inegável busca por limpeza étnica, extermínio e genocídio da nação palestina, por meios militares, da fome e da negação das condições mínimas de subsistência humana. Nessas condições, a resistência popular armada palestina é uma luta de todo o povo contra o agressor israelense, reunindo todas as vertentes políticas que lutam pela libertação nacional. Essa resistência palestina conta com organizações comunistas, com organização política, ideológica e militar próprias, atuação significativa e que defendem a libertação nacional e também o avanço dos interesses do proletariado e demais classes trabalhadoras nessa luta. A posição dos comunistas é de pleno e militante apoio à resistência palestina e à luta comunista em seu seio a partir do internacionalismo proletário.
O Irã é potência regional, soberana, inimiga de Israel e do imperialismo dos EUA, sofre sanções imperialistas há décadas, vive grave situação econômica, e foi agredido militarmente pelos EUA e por Israel. É também um regime capitalista, governado por uma teocracia reacionária, que explora e reprime os trabalhadores, além de oprimir outros povos e minorias étnicas da região. A posição dos comunistas é de repelir a agressão imperialista, defender a soberania e a autodeterminação do povo iraniano e, fundamentalmente, prestar solidariedade aos trabalhadores e aos povos do país, em sua resistência ao imperialismo e em sua luta contra seu governo inimigo de classe.
No Brasil, onde travamos nossa luta de classes concretamente, as ações em apoio à Palestina e contra as agressões imperialistas dos EUA e de Israel devem buscar mobilizar as massas trabalhadoras, e não ficar suplicando ações governamentais de um governo burguês que lucra com a guerra. Apoiar e reforçar as ações concretas possíveis como a de petroleiros contra a política da Petrobrás de manter as exportações para Israel, e as de trabalhadores dos portos contra o carregamento dos navios destinados a Israel e a descarga dos produtos israelenses. Além disso, intensificar as ações de ruas, os protestos diante das embaixadas e consultados dos EUA e de Israel e manifestar nossa solidariedade aos nossos irmãos e irmãs trabalhadores e explorados da Palestina, do Irã e dos demais povos oprimidos e agredidos pelas potências imperialistas. A posição comunista é manifestar de todas as formas possíveis nosso internacionalismo proletário e nossa solidariedade à luta do povo palestino, aos trabalhadores e ao povo iraniano, juntar essas lutas com a luta mais geral contra o imperialismo e mais concretamente contra o governo burguês brasileiro e seu ataque contra as condições de vida das massas trabalhadoras!
Contra os bombardeios e as guerras imperialistas dos EUA e de Israel!
Viva a heroica resistência palestina! Todo o apoio à luta do povo palestino! Palestina Livre!
Toda a solidariedade aos trabalhadores e ao povo iraniano contra a agressão imperialista!
Abaixo o imperialismo! Trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Viva o Socialismo!
