Neste 1º de maio, temos muito a lamentar e, portanto, a lutar!
Mais uma vez, também em 2023, os trabalhadores, os assalariados, as crianças, os jovens, os adultos e os idosos, todos os que conhecem a opressão e o desprezo, a população brasileira em geral, transcorrerão o 1º de maio vivendo sob o impiedoso mundo do capital.
Passados apenas quatro meses, vemos, como sabíamos, que o novo governo Lula-Alckmin segue sendo o mesmo do mesmo, com os seus tradicionais floreios verbais.
Como os dois governos anteriores, mantém o mundo do trabalho sob o arrocho impiedoso exigido pelo imperialismo, pelos banqueiros, pelos grandes patrões. Diverge daqueles governos apenas na promessa, feita para a plateia, de lutar pela emancipação dos negros, das mulheres, dos gays, etc. enquanto já não faz as típicas promessas relacionadas ao mundo do trabalho.
Entretanto nos fatos, as palavras doces se esvaziam na ausência de providências reais. Nesse Primeiro de Maio será anunciado um salário mínimo de R$ 1.320.00, com aumento real de uma cerveja tomada em um bar. E a promessa era de uma picanha e cerveja, por semana…
Espezinham cinicamente multidões de trabalhadores e trabalhadoras reduzidos a formas modernas de escravidão.
A polícia militar segue com o direito de vida e morte sobre trabalhadores pobres, com destaque para os negros, encarcerados em números abismais por delitos ínfimos.
As mulheres populares seguem morrendo quando de tentativas domésticas de aborto, enquanto ricaças abortam em toda segurança, por valores altíssimos, em hospitais e clínicas privados.
E por aí vai.
A população brasileira trabalhadora assalariada segue enviando seus filhos a escolas cada vez mais desqualificadas e inseguras; pagando valores abusivos pela luz, pela água, pelos aluguéis; vivendo na insegurança. E nenhuma possibilidade de melhora substancial se vislumbra para uma vida de trabalho e dificuldades sem fim. A não ser o que é arrancado através da luta renhida, pois apenas ela entrega o encomendado. E os exemplos são muitos.
Nossa televisão imbecilizante e os jornais do poder calam sobre as atuais jornadas em defesa do tempo de aposentadoria que literalmente aterrorizam a França do grande capital e seu governo. Uma luta que se alastra, em forma desigual, através da Europa, onde a população é golpeada por uma maré inflacionária criada para diminuir os salários e financiar a guerra imperialista na Ucrânia.
Neste 1º de maio, como através do mundo, nós trabalhadores e trabalhadoras brasileiros devemos levantar o punho fechado, lado a lado de nossos companheiros e companheiras, exigindo com força e decisão, do governo e dos capitalistas de todas as matizes, o respeito às nossas necessidades. Exigindo, no aqui e no agora, e não no amanhã e no depois, o que nos é devido pelo esforço empregado historicamente na construção desse país, onde fomos sempre e ainda somos, relegados e explorados.
Exigimos, como medidas imediatas:
- Aumento imediato substancial do salário mínimo e de todos os salários escorchantes;
- Regulamentação dos trabalhadores de aplicativos;
- Revogação dos ataques recentes à legislação trabalhista;
- Escola pública segura e de qualidade do primeiro grau à universidade para todos os jovens brasileiros;
- Direito da mulher à interrupção da gravidez no sistema público de saúde;
- Desmilitarização da polícia e punição dos crimes contra a população;
- Revisão imediata e soltura de prisioneiros e prisioneiras condenados como meio de repressão da pobreza;
- Educação, saúde, moradia e segurança para todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil!